Friday, April 29, 2011

Programação Assíncrona

Após longas datas sem postar venho aqui fazer o que faço melhor na vida: Justificar meus atrasos. O fato é que me envolvi em um projeto em que utilizamos fortemente o conceito de programação assíncrona. Você, um educado leitor, deve estar pensando: "Mas que porra é essa?" Eu explico: É um conceito que se aplica quando um projeto é iniciado, passa pela fase de levantamento, análise e desenho e, mesmo assim, o arquiteto não sabe definir quando o sistema ficará pronto. Assim ele será entregue de forma assíncrona.

Eu, que adoro estudar novos conceitos não simplesmente pelo dinheiro, mas principalmente para o engrandecimento pessoal do meu bolso, entrei com a cabeça, digo, de cabeça nos estudos. Para isso me inscrevi em um curso noturno ministrado por um designer, viado, mas não praticante, que sempre aparecia com uma moderna roupa bóio degradante para ministrar suas aulas.

Logo na inscrição o instrutor explicou: "Vou te introduzir uns conceitos super-legais na primeira aula. Para isso vou precisar que você traga cartolina, papel chamex, super-massa, cola, lápis de cera, apontador e ky gel". Achei muito estranho a lista e por isso não comprei nem lápis de cera nem apontador, o papel chamex peguei o que estava disponível aqui na impressora da empresa.

Logo na primeira aula do curso um dos alunos desmaiou por causa do ambiente que estava muito abafado, pois haviam muitos alunos espremidos em uma sala apertada. Era um ambiente bastante heterogêneo, ou seja, só tinha macho. Imediatamente o professor aplicou uma massagem cardíaca sensual no desfalecido que logo reanimou e a aula pode prosseguir.

No decorrer do curso notei que o professor não parava de olhar para mim. Mesmo acostumado com o intenso assédio das professoras e das mães dos coleguinhas da minha sala ainda na época de universidade, eu não me senti bem com as piscadas e as aberturas de pernas estilo “instinto selvagem” do professor, principalmente porque ele usava uma mini-saia despudorada, incomum até nas reuniões de arquitetos SOA aqui de Belo Horizonte, que preferem usar “legging vinil” contrastando com seus notebooks da Apple. Fui forçado a usar de minha educação quase erudita que adquirida na época que era cobrador de pau-de-arara na Paraíba: “Meu amigo é o seguinte, sei que sou atraente, pois tenho 1.80, 79 kg, peitos cabeludos, criado até os 7 anos sem cuecas e considerado bom partido pelas 5 sogras, mas eu não comunguei entendeu, não co-mun-guei!”. A metáfora foi capitada com certo delay pelo professor que solicitou gentilmente que eu fosse me foder no inferno por não ter comungado!

Por fim foi isso meu caro leitor, escrevi mais pra dizer que estou vivo e que não vai rolar aquilo que você tanto deseja, pois eu ainda não comunguei sacou?

Diretamente do inferno,
Programador satânico.