Maré de agilidade

Ocorreu na semana passada o evento maré de agilidade, o qual fui convidado a fazer uma resenha em meu famoso site, o carnalpanic. O convite custou-me 70 reais, pagos antecipadamente sob pena de não passar pela portaria sem o comprovante de pagamento.

Logo na entrada fui muito bem recebido pelas belas recepcionistas que, inclusive, me deram seus respectivos números de celular. Sei que boa parte dos leitores não me conhece pessoalmente, mas tenho certeza de que suas irmãs possuem um pôster meu no quarto delas. Elas podem confirmar que sou um escritor muito garboso, então eu realmente não entendi porque as recepcionistas me deram o telefone errado. Devem ser sapatões, só pode.

Por fim, passei o dia no curso de arquiteturas ágeis, ministrado pelo culto instrutor Marco Aurélio, possuidor de diversos títulos de nobreza profissional e alguns certificados pedigrees de raça. Devo acrescentar que ele é tão bom que até um curso de Jcompany ficaria interessante em suas mãos.

Marcos nos ensinou muitas máximas da arquitetura ágil, fiz questão de anotar algumas:

"O arquiteto deve saber ouvir e nunca interromper uma idéia no meio de sua descrição. Deve sim, interromper logo no início de sua descrição, evitando assim que mais uma idéia inútil surja neste mundo cão."

"O arquiteto deve ser generalista, entender um pouco de tudo. Ainda mais quando sua preguiça não o deixa aprender mais nada por completo."

"O arquiteto, ele não repassa nunca uma crítica ao seu time. Ele sabiamente culpa o elemento da outra equipe de desenvolvedores."

"O bom arquiteto, ele é atento a diversas coisas. Ele olha para sua equipe identificando todas suas necessidades. Ele consegue focar, ao mesmo tempo, o comportamento anômalo do desenvolvedor a sua esquerda e o rabo gostoso da secretária a sua direita."

Todas essas máximas, disse Marcos, foram compiladas do famoso livro "O super arquiteto de Nietzsche". O autor, nesta obra, que além de matar Deus como o símbolo do arquiteto, fixa também a imagem da linguagem VB como o grande alienador do ser programador em sua evolução natural.

Marcos, por fim, se mostrou muito culto em diversos assuntos, mas o que ele se mostrou excelente mesmo foi em colocar o pessoal do Serpro para brigar. Bastava algum programador inexperiente dar sua opinião que o pessoal do Serpro caía de pau no famigerado até que este sangrasse de tanto ouvir as críticas desferidas pelos ociosos seniores do Serpro. Nada pra eles dá certo. Marcos olhava a carnificina com um prazer mórbido, até mesmo Jig Saw (jogos mortais) pareceria amador ao seu lado.

Bem, o curso não acabou por aqui. Assim que sobrar mais tempo eu termino a resenha deste excelente evento.

Diretamente do orkut das atendentes do evento...
Programador Satânico